quarta-feira, abril 05, 2006

O Tejo bate como que à porta



Entre a poeira

do dia surdo,

negro garoto

lambe o gelado.

É um polícia

que vem saber

porque é que dói

a solidão?

O Tejo bate

como que à porta,

calam pessoas

sua chamada.

Poema de Pedro Tamen

Fotografia de Luís Miguel Correia

Sem comentários: