sexta-feira, outubro 27, 2006

A CIDADE, O PORTO E O RIO

Não há dúvida que o Tejo enriquece Lisboa em todos os sentidos e amplitudes. Do mesmo local, ali à Junqueira, pode ver-se um grande paquete prestes a largar (QUEEN ELIZABETH 2), o Palácio das Necessidades adormecido ao sol de Outono a querer esquecer a aflição de D. Manuel II acordando pela última vez em Lisboa sob bombardeamento a 5 de Outubro, turístas a desvendar os segredos do rio com a cumplicidade do S. PAULUS da Transtejo, ou as carruagens perdidas de 150 anos de combóios portugueses...

Observação e imagens de Luís Miguel Correia - 2006

DOCA DE SANTO AMARO MULTI-PANORÂMICA

Do mesmo local, ao fundo da Doca de Santo Amaro , ali entre Alcântara e a Junqueira, na margem Norte do Tejo, mesmo debaixo da Ponte que Salazar nos legou em herança, vejam só a diversidade da paisagem, nestas fotografias tiradas rodando a sensibilidade do fotógrafo cerca de 360 graus. E é tudo tão bonito...
As carruagens de combóios parecem destinadas a uma qualquer comemoração dos 150 anos do Caminho de Ferro. Aninhado junto à Ponte, um novo hotel Vila Galé marca a paisagem. Ao lado embarcações de recreio e antigos armazens convertidos em unidades de lazer. E no rio, a navegação despede-se da Ponte, fazendo proa à barra.
Observação e fotos de L. M. Correia - 2006

quarta-feira, outubro 25, 2006

PORTO BRANDÃO

Porto Brandão é um dos muitos lugares simpáticos da margem Sul do Tejo, em frente a Lisboa, que de alguma forma conservam um provincianismo pitoresco mesmo às portas da Capital. Trata-se de um lugar de passagem, dos autocarros para o cacilheiro, que faz a ligação com Belém e a Trafaria. A viagem fluvial é uma atracção em si mesma, especialmente se feita nos cacilheiros ex-alemães, mais confortáveis e estáveis (TRAFARIA PRAIA, MOURARIA e MARVILA). Do tombadilho à popa pode apreciar-se a margem, com os seus muitos recortes e curiosidades, nomeadamente as ruinas do antigo lazareto, junto ao Porto Brandão, onde nos séculos XIX e início de XX eram colocados de quarentena os tripulantes e passageiros de navios procedentes de terras onde houvesse suspeita de doenças epidémicas. Hoje, Porto Brandão é famoso nos roteiros gastronómicos, com diversos restaurantes onde se pode apreciar uma boa caldeirada...
Texto e fotos de Luís Miguel Correia - 2006

segunda-feira, outubro 16, 2006

ESTAÇÃO DE SUL E SUESTE

As obras intermináveis da construção da linha de Metro do Cais do Sodré para Santa Apolónia, têm levado à desfiguração temporária da Praça do Comércio e zonas adjacentes. Um dos ícones da zona, o Cais das Colunas está desaparecido há anos. A montante deste cais (hoje virtual), há um edifício muito bonito e funcional, pelo qual se embarca para o Barreiro. É a Estação Fluvial do Sul e Sueste, durante muitos anos operada pela CP, cujos navios faziam a ligação à estação ferroviária do Barreiro. Com a abertura da Ponte 25 de Abril ao tráfego ferroviário, a ligação fluvial passou a estar a cargo da Soflusa, empresa adquirida pela Transtejo, cujos catamarans ligam regularmente Lisboa ao Barreiro. Aqui fica um olhar de pormenor para a fachada da estação, da autoria do arquitecto Cottinelli Telmo, inaugurada com pompa e circunstância a 28 de Maio de 1932, como uma das primeiras obras do Estado Novo.

Comentários e imagens de Luís Miguel Correia - 2006

RUAS PARA PASSEAR




É uma atitude típica da actual sociedade de consumo querer mais de tudo. O problema não é de agora pois já o Principe Perfeito se queixava de só ter herdado "as ruas para passear". O que em Lisboa não é problema, pois a cidade e as suas ruas são tão bonitas...



Fotos e comentário de Luís Miguel Correia - 2006

sábado, outubro 14, 2006

AUTORETRATO ENTRE CABOS

Luís Miguel Correia: imagem reflectida algures na zona de Lisboa entre Cabos, 12 de Outubro de 2006...

quinta-feira, outubro 12, 2006

CIDADE DAS COLINAS

Lisboa e a sua realeza feita de bronzes dispersos pela cidade, confundindo-se com os telhados e os prédios amarelos...Contam-se sete colinas, mas se calhar observando melhor haverá mais, tantas quanto a cidade vai crescendo. Mas a Lisboa do sobe e desce, dos eléctricos e do namoro com o Tejo será sempre a velha Lisboa do Fado e dos dias a prometer chuva, tanto quanto a cidade das cores mediterrânicas à beira do Atlântico nos muitos dias ensolarados. Entre Cabos, claro, que quem chega a Lisboa de navio, como tive o privilégio de fazer uma vez mais há dias, o que vê primeiro é a luz dos farois, um na Roca, outro no Espichel. E lá se vai navegando entre Cabos, depois barra acima, passando entre Torres ali entre o Búgio e São Julião. Quando a água muda de côr, trocando o azul atlântico pelo esverdeado característico do Tejo... E nos velhos cais de pedra há sempre uma gaivota à espera, como que a marcar saudades.

LMC - 2006

QUE LINDA É LISBOA

Uma boa maneira de ver e sentir uma cidade é percorrê-la a pé. E que bons passeios há para fazer em Lisboa, cidade de luz e contrastes...
Tanta coisa para apreciar, da arquitectura aos visitantes de umas horas que dão pelo nome de navios, como o ARCADIA, que esteve atracado em Santa Apolónia no dia 4 de Outubro...

LMC - 2006

LISBOA EM RITMO DE OUTONO

Já chegaram os vendedores de castanhas a Lisboa. Normalmente anúnciam o Outono e Inverno, com os carrinhos e o cheiro característico das castanhas assadas. Uma das coisas boas desta época. E estes carrinhos vão-se modernizando, este provavelmente será Benfiquista, ehehehe...

Foto e comentário de Luís Miguel Correia - 2006

quarta-feira, outubro 11, 2006

ANIMAIS E CIDADE

Nestes dias de Outono suave, percorro as ruas da cidade e comove-me ver como algumas pessoas tratam os animais.
Bem, com uma manifesta dedicação fraterna.
A cidade sempre foi referida pelos cronistas quanto aos seus animais nas situações mais variadas ao longo dos tempos. (Hoje, por exemplo, os únicos suínos a circular livremente em Lisboa são arraçados de "homo sapiens" de tal forma que só lhes reconhecemos a origem de porquinhos por pequenos actos irreflectidos, como abrir a janela da viatura em andamento e renovar a prática de "lá vai água" de antigamente, atirando para a via o seu lixo, desde o maço de cigarros ao encantador guardanapo de papel ou "kleenex". Não gosto destes animais, desculpem.)
A cidade move-se em passo apressado de hora de ponta. Sentados no chão a mendigar, uma mulher jovem, provável emigrada do Leste, com um cãozinho. Na mulher, o sorriso simpático e simples de quem vive sem esperar mais do que o dia seguinte. No rafeirinho, a expressão cúmplice de felicidade canina...
A circular próxima, uma outra jovem, o copo de plástico a recolher moedinhas: encenação de liberdade salpicada de pobreza, ou duas meninas e um cão, uma história da cidade de Lisboa. Com fotografia.
Fotografia e observação citadina de Luís Miguel Correia - 2006

Quem ajuda o MAX?

Olá,
Este é o Max, um cãozito de porte pequeno/médio, tipo cão de água, que foi abandonado numa obra em Miramar.
Foi sendo protegido e alimentado por alguns trabalhadores, mas a obra terminou e ele ficou sozinho. Há dois dias tentou abrigar-se numa garagem de uma das casas da obra onde ele estava habituado a viver e foi escorraçado pelo proprietário a pontapé.
Uma senhora testemunhou o que aconteceu, teve pena dele e telefonou-me. Eu disse-lhe que não tinha nenhum local, mesmo que temporário, para o acolher e que a única solução seria colocá-lo num hotel canino. A senhora dispôs-se a pagar uma semana de hotel, durante a qual eu fiquei de lhe tentar encontrar um dono. O Max tem cerca de 2 anos e é uma meiguice. Adora festas e dá-se muito bem com outros animais. Está vacinado, desparasitado interna e externamente, e foi esterilizado por isso pode conviver com fêmeas sem risco de ninhadas indesejadas. Por favor, ajudem-me a divulgar mais este pequeno, tenho muito pouco tempo para lhe encontrar um novo lar. Obrigada!

Maria (Contactos: 93 840 61 31, mariapteixeira@gmail.com)
DATA DO APELO: 11 de Outubro de 2006

segunda-feira, outubro 09, 2006

CHIADO DE CARA LAVADA

Para mim o Chiado é sempre uma referência da minha Lisboa Querida. Mas hoje não é o que era, talvez por eu ter crescido. Também pelas muitas mudanças, especialmente depois do incêndio de 1988. O Chiado perdeu a centralidade burguesa da minha meninice. Mas gradualmente tem recuperado alguma vitalidade e cores. Está cada vez mais de cara lavada e encanta turistas em quantidade significativa. E continua o mesmo Chiado...

Luís Miguel Correia - 2006

O CHIADO DOS LIVROS

O Chiado sempre foi um dos meus caminhos preferidos para os livros. Desde os tempos em que juntava cinquenta escudos para ir comprar mais um volume da Enciclopédia VERBO JUVENIL à Bertrand.


Mesmo em frente, na outra esquina, ainda se pode e deve entrar na SÁ DA COSTA, que se mantém igual a si própria desde sempre. E agora há a venda de livros nas bancas da Rua Anchieta, um passeio agradável ao sol deste Outuno lisboeta. Como este último sábado, dia 7...

LMC

SEMPRE O CHIADO

Estas flores ali na rua Garrett, ao Chiado são uma graça antiga. Sempre me lembro desta florista. E ainda aquele costume em vias de desaparecer, de se utilizar a entrada de um prédio pombalino para ter um negócio. De facto, um PEQUENO JARDIM, só mesmo com flores e plantas naturais...

LMC