sexta-feira, setembro 22, 2006

GARE MARÍTIMA DE ALCÂNTARA


Mais algumas imagens do cais de Alcântara, agora visto de bordo de um navio.
Nota-se o acrescento do cais, efectuado na década de oitenta
como forma de solucionar problemas de degradação da muralha devido a dragagens excessivas no início dos anos sessenta para permitir a atracação de grandes paquetes, como o FRANCE, o UNITED STATES ou o CANBERRA, com calados próximos dos 10 metros. A reconstrução do cais deu então origem ao avanço da muralha, processo que entretanto já foi ampliado para oferecer maior àrea de parqueamento de contentores e possibilitar a atracação de navios com maior calado.
No interior da estação, destaque para os paineis de Almada Negreiros, a decorar a antiga sala de embarque para passageiros de primeira classe.

LMC - 2006

UM PRINCIPE NO TEJO

Gosto do Tejo e cais respectivos cheios de navios.
Como este, que há perto de 40 anos frequenta o nosso porto - paquete BLACK PRINCE da companhia norueguesa Fred Olsen.
Proa fotografada junto ao cais da Rocha em 20 de Setembro de 2006.

LMC

ESTAÇÃO MARITIMA DE ALCÂNTARA

Custou a bonita soma de 5000 contos em 1943 e foi apresentada como "um marco de civilização", inserindo-se no surto de óbras públicas do Estado Novo sob a égide de Duarte Pacheco. É um dos edifícios mais bonitos da beira-Tejo: a estação marítima de Alcântara, construída durante a segunda guerra mundial segundo projecto de Porfírio Pardal Monteiro, que concebeu também a estação da Rocha do Conde de Óbidos, construída a seguir à de Alcântara e menos rica, com apenas um átrio. Estas nossas Gares Marítimas denotam uma forte influência estética da estação marítima de Nápoles, edificada anos antes, com uma monumentalidade muito superior.
O projecto contemplava a ligação das duas estações pela varanda, havendo estações complementares mais pequenas entre as principais que não vieram a ser construídas, uma vez que a ideia era o cais de Alcântara à Rocha ser destinado aos navios de passageiros.
Na realidade manteve-se o entreposto de Alcântara Sul, seguido do cais da Companhia Colonial de Navegação, mesmo junto à Rocha. Depois vieram as reconstruções da muralha e o aumento da área de cais e terraplenos, e a estação de Alcântara está cada vez mais ameaçada de isolamento do rio por uma muralha de contentores, com a vizinha Liscont a querer estender a sua concessão para juzante. O aumento de visitas de navios de cruzeiros a Lisboa tem garantido uma utilização regular do edifício, embora já tenham sido efectuadas muitas alterações que diminuiram a funcionalidade da Gare Marítima. E parece haver quem queira pura e simplesmente encerrá-la. A bem da contentorização...
Fotos e texto de Luís Miguel Correia - 2006

quarta-feira, setembro 20, 2006

CAMINHOS DE ROMA






Em termos históricos a ideia de que todos os caminhos iam dar a Roma sofreu muitos desvios, o último dos quais a favor de Bruxelas, mas em Lisboa o conceito continua a ter uma importância relativa.
É que a Avenida de Roma, uma das mais importantes avenidas novas na expansão urbana da cidade da primeira metade do século XX, forma um eixo verdadeiramente cosmopolita, ligando o mundo toponómico citadino, de Roma a Londres, dos EUA ao Brasil, correndo paralelamente a Madrid e tendo como referências próximas o único Papa português, João XXI e Paris. Aqui fica um olhar fotográfico próximo do cruzamento entre as avenidas de Roma e João XXI, vislumbrando a praça de Londres, e olhando para um quiosque, uma livraria e um antigo cinema...
Deambulação verbal e fotográfica de Luís Miguel Correia - 2006