quinta-feira, julho 20, 2006

PRAIA DE ALGÉS



No tempo das Caravelas e respectivas Descobertas, a margem norte do Tejo multiplicava-se em Praias, da Boavista ao Restelo - último abrigo seguro para os navios antes de se fazerem à Barra.
Os aterros dos séculos XIX e XX, nomeadamente a regularização da margem efectuada pelo Porto de Lisboa, de que a actual frente da Junqueira é um exemplo, normalizaram os recortes naturais do Rio. A Torre de São Vicente de Belém há muito deixou de ser uma ilha, e das antigas praias resta uma amostra mínima de areal em Pedrouços, a juzante do Forte do Bom Sucesso, e a praia de Algés, também muito reduzida e domesticada, com as obras portuárias efectuadas na zona a partir dos anos sessenta, caso da Docapesca e mais recentemente a nova doca da Torre VTS.
No século XIX Algés chegou a ser praia da moda, perdendo depois a sua clientela mais sofisticada em prol de destinos mais longínquos, os Estoris e Cascais, conforme as preferências da Família Real. Sem pretensões a ter bandeira azul ou de qualquer outra cor, a Preaia de Algés ganhou recentemente alguma vida para além do seu contexto social de recurso fluvio-balnear para os pobrezinhos da zona. O arranjo da envolvente da praia e um cuidado mínimo com a sua limpeza tornaram o local mais atractivo. Um restaurante Mexicano, uma promenade com palmeiras e gente a passear, usufruindo o rio. Quando lá estivemos recentemente, banhistas apenas um...

Texto e fotografias de L. M. Correia - 2006

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