Lisboa e a sua realeza feita de bronzes dispersos pela cidade, confundindo-se com os telhados e os prédios amarelos...Contam-se sete colinas, mas se calhar observando melhor haverá mais, tantas quanto a cidade vai crescendo. Mas a Lisboa do sobe e desce, dos eléctricos e do namoro com o Tejo será sempre a velha Lisboa do Fado e dos dias a prometer chuva, tanto quanto a cidade das cores mediterrânicas à beira do Atlântico nos muitos dias ensolarados. Entre Cabos, claro, que quem chega a Lisboa de navio, como tive o privilégio de fazer uma vez mais há dias, o que vê primeiro é a luz dos farois, um na Roca, outro no Espichel. E lá se vai navegando entre Cabos, depois barra acima, passando entre Torres ali entre o Búgio e São Julião. Quando a água muda de côr, trocando o azul atlântico pelo esverdeado característico do Tejo... E nos velhos cais de pedra há sempre uma gaivota à espera, como que a marcar saudades.
LMC - 2006
4 comentários:
Esta gaivota é completamente comovente, depois de toda a tecnologia exposta!... :)
Gosto MESMO do seu olhar sobre Lisboa!...
Cinderela,
Obrigado pelas palavras simpáticas. Gosto muito de Lisboa e procuro transmitir isso aqui, à minha maneira, sem grandes pretensões...
LMC
El barrio de la Alfama robó mi corazón, tengo saudades de sus calles, de su aire, de su color... me regalarás fotografías de sus calles?.
Así, ternura de Lisboa en medio del espanto./ El mundo está nublado, menos aquí,/ donde se adensa la tristeza del mundo./ [_] hay algo de lejano implacable/ en que pase lo que no pasa./ [_] Decires/ que velan lo que muestran. Lenta/ felicidad de calles contagiadas/ de lo que no se espera". Juan Gelman
Muito bonito o teu comentário, Galufi.
Vivi em Alfama uns tempos, numa casa muito velha, com vizinhos igualmente muito, muito velhos...
LMC
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