quinta-feira, abril 13, 2006

RIO VERDE


(DUAS DA TARDE: LISBOA À VISTA)


Primeiro, a água era azul:

puro espelho celeste.

Depois, tornou-se verde:

opaco verde de desgosto.

Agora é barro dissolvido:

terra

de Portugal que o Tejo incita

a descobrir as Índias

e Américas ainda

por encanto encobertas.

- De quem o lenço acena,

acolá

do cais?

Poema de Pedro da Silveira - Março e Abril de 1951

Fotografia do GATO PARDO - 12 de Abril de 2006

Especialmente para a ZÉNI

3 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada! Já que não deu para ver ao vivo...!

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

Ao vivo é sempre melhor. Sem o Tejo Lisboa teria metade da alma, talvez nem existisse.
É muito engraçado ver o azul tornar-se verde, algures na baía de Cascais, quando se entra a barra do Tejo...

LMC

daniel costa-lourenço disse...

adoro esta foto do cais do ginjal